Sengundo economista Trabalhador pode usar 13º para começar o ano sem dívidas

Segundo economista da CDL BH, uma maneira de evitar começar 2016 sem dívidas, é reservar parte da bonificação para pagar as contas do começo do ano

Faltam menos de dois meses para a chegada do Natal e já é possível ver a decoração iluminada pelas lojas das cidades. Apesar de ser a época de melhor movimento para o comércio, muitas pessoas vão deixar as compras de lado e utilizar o 13º salário para sair do vermelho esse ano. A lei de bonificação vigora no Brasil desde 1962 e consiste no pagamento extra de um salário, dividido em duas parcelas, sendo que a primeira deve ser paga até 30 de novembro e a segunda, até 20 de dezembro. A remuneração é feita com Natal comerciobase nos meses trabalhados, ou seja, o benefício é dividido pelos doze meses do ano e multiplicado pelos meses trabalhados.

Segundo pesquisa divulgada pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac), 74% dos trabalhadores pretendem utilizar o benefício para o pagamento de dívidas já contraídas. Em relação ao ano passado, houve um aumento de 8,8% no percentual de trabalhadores com esse mesmo objetivo. O percentual de pessoas precavidas que desejam poupar e aplicar parte do 13º salário para pagar as despesas de começo do ano, teve queda de 3%, e somam apenas 8%.

De acordo com a economista da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL BH), Ana Paula Bastos, o 13º salário serve para facilitar a vida dos trabalhadores, principalmente aqueles que estão endividados, ou até mesmo com o nome negativado no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). “Para esses profissionais, a melhor sugestão é tentar quitar as dívidas. As primeiras a serem pagas devem ser aquelas com juros maiores, como as dívidas de banco, como cartão de crédito e financiamentos”, destaca.

Ainda segundo a especialista, é necessário pensar em usar o benefício nas contas futuras, como as do início do ano. Matrícula, material escolar, IPTU e IPVA estão entre as despesas que pesam no orçamento nessa época. “Nós estamos enfrentando um aumento na taxa de desemprego e aumento no custo de vida devido às taxas inflacionárias, e o começo do ano é um período de grandes contas para serem pagas. Estipular uma reserva financeira é excelente para começar o ano sem dívidas”.

A regra do comerciante é fazer de tudo para que os compradores saiam dos estabelecimentos de mãos cheias. Dessa forma, são promovidas varias ações para atrair os consumidores, como  kits de presentes, atendimento qualificado e promoções relâmpago. “Apesar das campanhas dos lojistas, não estamos esperando um crescimento significativo de vendas para este fim de ano”, destaca.

Para os trabalhadores que não vão resistir às promoções, a economista indica. “É claro que as pessoas não vão deixar de comprar, mas é preciso consumir no Natal de forma consciente. Ao invés de presentear todos de um mesmo ciclo de amigos, é melhor fazer um amigo oculto. Outra dica é estipular o valor máximo para a compra dos presentes. Pesquisar os preços antes de comprar também é indispensável”.

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